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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Só...

Vaguei em meus pensamentos.. mas não encontrei nenhuma solução para minha árdua solidão. Refletir demais fazia minha cabeça explodir de dor.. e minha tristeza me deixava fraca.. sensível.. abatida.. mal.. sem chão algum. Era um sentimento que mastigava tudo o que eu reservava de bom dentro de mim.. e como consequência, o sofrimento se colocava no lugar, me deixando cada vez mais na ruína. Enfim, precisei me livrar de tudo e todos naquele momento de aflição, e decidir vagar pelas ruas.. ver o céu.. tão azul, que para mim estava cinza.. sem cores vivas. Com isso, sentei num lugar que fazia com que eu me sentisse afastada de tudo e de todos, e que eu tivesse a visão do mundo onde eu morava e sempre morarei. Tentei limpar tudo aquilo que possuía minha mente, mas isso foi completamente em vão. Não queria pensar em como a vida era de verdade, e sim, construir a minha própria, na qual jamais sofreria. Mas, eu sabia que essa "ideia" era impossível. Então, decidi fechar meus olhos.. abaixar minha cabeça.. e ouvir o vento.. a água.. a terra.. tudo o que estava em minha volta.. em meu próprio silêncio. Minha meditação me deixou leve, apesar de quando voltar, tudo estará como cheguei. Apesar disso, aquilo me fez bem.. me reanimou.. o contato com o mundo.. com o céu e com a terra me fizeram bem; me deram forças. Eu precisei estar só para me entender, pois somente nós mesmo poderemos nos entender.. e nos reanimar. Me sentia bem, outra.


Mayara

sábado, 11 de junho de 2011

Por ser tão vago...

Eu cansei..
Nas normas que sempre recebi..
Dos maneirismos que precisava fingir...
Das maneiras que eu necessitava me vestir...
Enfim.. ser aquilo que jamais sonhei ou imaginei ser...
Me impõe tanta insatisfação.. tanta injustiça.. pois eu não poderia ser como sempre quis ser..
Ser uma maquete.. que servia de enfeite pra sociedade..
Aff... pra quê tanta injustiça? Pra quê tantas regras se quase ninguém segue?
É.. tentam "organizar"... mas o resultado é sempre o contrário...
Me perdia pois aquilo que se sempre foi posto... nunca foi seguido...
Nem mesmo pelas pessoas que "inventaram"... pelos os que estão.. é.. digamos que no chamado "poder"...
Sendo assim,
Refletia sobre quem eu era de verdade.. e coloquei meu rosto de frente...
Sem medo, sem regras definidas, sem autoridades...
O mundo moderno estaria nascendo?
Ou aquilo estava vago e oculto...
Era como se eu tivesse o mundo em minhas mãos.. como se todos dependessem de uma atitude... independente dela... mas que fosse diferenciada.. distinta do que chamamos de "padrão"..
Sim, eu precisava ter essa atitude..
Não para o mal, e sim para o bem,
O bem daqueles que pensavam como eu,
Que precisavam ser libertos... cuidados...
Que mesmo com tantas "diferenças"...
Necessitavam e procuravam pela felicidade..



Mayara

Obstáculos...

Marcas.. uma palavra que define o que sentimos quando somos feridos.. ou traumatizados. Uma palavra simples, com tantos sentidos e significados, mas que no geral, define o que de fato quero passar de reflexivo nesse breve texto. A vida é possuída pelas tais marcas, independente de suas formas; na verdade, independente das formas que surgem. Mas valia a pena me arriscar tanto? Depende. Não me importava com o que, e como pensavam de mim, das opiniões alheias que surgiam sobre mim. Afinal, eu era e ainda sou proprietária da minha vida certo? Enfim.. minha cabeça se erguia com os fatos. Pensava mais pela razão, e não ligava tanto pro sentimento.. pois sabia que agir pela impulsividade seria o maior erro que eu poderia cometer.. e cometer contra a mim mesma. Não.. precisava agir com a cabeça.. distinguir o sentido do fato.. da realidade. Os obstáculos eram aparentemente visíveis.. difíceis.. arriscados ao extremo.. mas era algo com que eu menos me importava. Não dava pra parar no meio de tanta confusão.. de tanto erro.. sem perceber que eu poderia manipular (no bom sentido da palavra) para o que era correto a partir de minhas teorias e conclusões. Era perceptível e com falta de ética não pensar.. agir sem refletir. Eu precisava me organizar, ou as "coisas" iriam somente piorar. Mas também cheguei a conclusão de que pensar demais poderia ser ruim. Ou seja, deveria pensar em como resolver aquele "quebra - cabeça" (por sua tamanha dificuldade) não exatamente rápido, mas pensar objetivamente. Ressalto que tenho dúvidas se pensei correto, pois um passo em falso, ma arriscaria demais. Mas acredito que correr um grande risco assim, é por uma boa causa. Na vida, quem que não se arrisca?


Mayara