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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Futuro


Enfim...
Mais um instante... uma época... um ano termina
Vivemos intensamente cada minuto e segundo
Lutando... correndo... brincando e ganhando
Não sei o que expressar afinal...
Mas posso dizer que estou feliz
Me sinto realizada por tudo e por todos
Feliz por estar bem e com saúde.. por estar perto de quem amo...
Por viver...
Cada dia que passa envelhecemos
Amadurecemos e aprendemos com a vida
Com o que nos aparece... Por mais pequeno que seja
Fazer o bem ainda dá tempo...
Nunca é tarde o bastante para amar... para viver... para ser feliz
Sempre dá para mostrar e ensinar o que é certo
E reivindicar sobre o que é errado ou injusto...
Pois justiça... escrevemos e tentamos seguir...
Mas quem sabe isso pode melhorar
Daqui para a frente
Nós quem desenhamos nossos próprios caminhos...
Basta acreditar


"Feliz 2011 a todos"
Mayara

domingo, 26 de dezembro de 2010

Totalidade..

O infinito
Que nos persegue
Sem colisões e princípios
Jamais visto por um ser humano... muito menos por mim
Não vivo pensando na morte
Mas vivo de acordo com ela
Não sei se alcançarei a vida eterna
Ou se isso é uma simples conversa de médium
Não penso nela como um ser
Mas penso em viver... intensamente... pois sei que um dia ela chegará
O total de vivências no período de minha subsistência
Não deverá passar em vão
Condicional a um fim... próximo ou não... nunca saberei
Quando der por mim...
Quando perceber de fato o que aconteceu comigo..
Ela já terá me levado... para um mundo irreal


Mayara

sábado, 25 de dezembro de 2010

Renascer...

Acordei um dia e comecei a pensar. Mas sozinho e sem influências alheias que alterassem meus objetivos. Não queria continuar na mesma história.. na mesma época e no mesmo lugar. Não sei nem por que existo. O mundo me fez.. me criou e me ensinou. Preciso renascer por mim mesmo. Não consigo sobreviver em um mundo que resiste a um ciclo. Preciso renascer para a vida. Ela já me ensinou o suficiente.. e agora me sinto maduro para caminhar por meus pés. Não me sai da cabeça querer sair do meu próprio eu. Um eu contínuo.. pelo mesmo caminho. Talvez, um caminho sem volta, sem direção e sem destino. Isso não é viver! Não aguento mais. Preciso fugir de mim. Preciso correr contra o tempo. Na verdade, ele nunca para. Estou perdendo tudo, a juventude, as oportunidades, a vida na qual tanto sonho. O tempo passa e meus caminhos seguem para o mesmo rumo. Frustante, enigmático, sem o menor sentido. Quero inovar. Preciso inovar, antes que seja tarde demais. Não posso chegar a velhice, sem ter o que passar entre as gerações. Não tenho mais de uma vida, mas se pudesse, construiria com minhas mãos. Pelo meu bem, e pelo bem de quem me ama... me venera... quer meu bem. Preciso ser feliz.


Mayara

Hidden

My being is unique...
Without me... would not be the same..
I know
See me
Hear me
Dare..
What is fare?
It´s hard living
Happy or sad...
Smiling or angry
To be or not be
I´ll never be who I am


Mayara

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Enfim...
Mais um Natal de nossas vidas está perto ...
Um tempo contínuo...
Mas com esperanças divinas...
Um término
Um começo
Um caminho a ser trilhado... por nós e pelo destino..
Não sabemos o dia de amanhã...
Mas podemos construí-lo
Tentar da melhor maneira possível...
Fazer com que cada dia
Cada instante de nossas vidas.. fossem como o último..
Aquele que jamais voltará...
Ver quem nos ama... quem nos cuida... quem nos atura..
Dizer "Eu te amo"
Dizer "Deus te ama... e eu também".. valem mais do que um discurso...
É tempo de sonhar... de imaginar... de esperar
Esperar pelo o amanhã doce e sereno...
Pela vitória ou pela derrota reconhecida...
Fazendo com que nunca mais volte
E sim que lhe traga alegrias... promoções... sucessos...
É tempo de amar.. de conhecer... e de buscar novas oportunidades
Corrigir erros... simplesmente com um "perdão"....
É tempo de ser feliz...


"Feliz Natal "
Mayara

Confidences of others..


Freedom for myself...
For all I´ve done and especially for what I do in my life...
I redeem my soul...
In my mind imagine how it will be tomorrow..
At least that is how I wish..
Happy... who knows...
Leave in the hands of fate...
My eyes are sharp...
To heaven..Sea...For soil...and air...
In all directions..
I never thought to get here...
And live in peace..
Where is all my word..
For all are of divine..
Mayara

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Escolhas....

Enfim...
estou sóbria.... sem rumo ao certo... levando a vida de uma boa maneira
Jamais pensei nisso... mas no fim deu tudo certo
Como sempre quis e sonhei
Durante um longo período de minha existência
Não pensava no futuro... muito menos em mim
Pensava no que de fato aconteceria em um determinado momento
Mas não refletia no que aquilo justamente iria resultar após meus pensamentos
Não foi fácil
Nem muito complexo... ou subjetivo
Mas sabia que minha vida melhoraria
De infinitas maneiras
De infinitos jeitos e costumes
Estava nitidamente feliz
Mayara

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Trilhando...


Fazer escolhas não é nada fácil
Depende de nós
Do que nos cabe e principalmente.... do que sonhamos
Um dia... no momento certo talvez...
Difícil saber onde pisamos
Onde construímos caminhos
Desejos...
Aventuras...
Pensamentos...
Futuros...
Não sou a única
Nem o último ser vivo
Que deseja o melhor para si
Que sonha... que luta... que vence e
Às vezes perde
Mas como lição... nada mais sublime em mim
Para mim
E comigo... sempre e sempre...
Caminho com meus sonhos... dos pés a cabeça
Continuamente...



Mayara

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Uma Luz...

Não sabia como chegar ao seu encontro
Estava tão longe
Quase impossível
Quanto mais andava... mais se afastava
Não me imaginava perto...
Mas quem sabe eu poderia..... correr...
Pode ser ilusão... ou fantasia
Mas eu a via
De longe... linda... e única
Minhas maiores esperanças e sonhos estavam ali...
Queria para mim...
Precisava.. e muito...
Era tenso não poder alcançar com facilidade
Mas estava prestes... a seguir-la
Mesmo de longe
Eu saberia onde chegar
Mayara

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sonhos Alheios

Não me imaginava assim
Vivida... sonhadora... nítida de quem era
Mas meu mundo atual tinha outros rumos
Na verdade, mal sabia quais
O momento certo podia estar próximo
Cada vez mais justaposto ao meu destino
Queria prever sua chegada
Mas minha mente não era capaz
O ser humano não era capaz de tanta proeza
De tanta ternura
De tanta realização utópica
Sim... utopia de fato define
Não espero por um milagre
Não espero que tudo aconteça ao acaso...
Para mim... não existe e não é justo...
Jamais foi
O caminho convicto eu mesma construo
Da minha maneira
Com o meu desing
Com a minha cara
Não prometo agradar..
Mas prometo vencer

Mayara

sábado, 4 de dezembro de 2010

Afastar-me

Estive só
Meus olhos fechados e sem vida
Sublime aos meus místicos sonhos
Indeterminados para a realidade
Nútidos ao destino
Que me afastou dos desejos
Dos encantos
Do mal .... talvez

Vivo como posso
Sem luxo, sem nada tão supérfulo
Minha vida vai seguindo
Humildemente
Mas dignamente destinada
A um futuro
Um sonho
Um desejo
Algo meu


Mayara

sábado, 27 de novembro de 2010

Cautela...

Passa...
Devagar... rápido... depende
Não sei enxergá-la
Quase impossível
O mundo a volta me impede
De conquistá-la de fato..
Vagarosa, única, sutil

Não imagino como seja sua face
Suas expressões corporais
Ou mesmo que não exista
Está invisivelmente entre nós

Nunca a toquei.. falei... ouvi... senti
Sei que minha consciência a conhece
Não me revela... mas conhece
Em tese, me acompanhará
Fará do meu destino um fantoche
Onde em si comandará seus movimentos
Ou até mesmo... seus caminhos...

Mayara

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quem sou...


Um ser vivo...
Nasce... cresce... reproduz e morre
Não tem caos... nem sofrimento em si
Sou feliz posso dizer
Mas um dia... Hoje ou talvez amanhã
Tudo possa mudar
Eu posso mudar
Não serei quem sou... por que mando em mim
Mando no meu corpo
Nos meus pensamentos...
Nas minhas atitudes
Não me arrependo
Mas quando bate... já é tarde
Me importa o amanhã
O "Até logo"
Ou um "Adeus", "Até nunca mais"
Saberei em quem estar perto
Saberei de quem me afastar
Me conheço
Só não lhe conheço
Não conheço o mundo...


Mayara

Correr...

O que passa... provavelmente despercebido
Translúcido em meus olhos
Vivo em meu único ser
Capaz de lutar contra tudo e todos
Sem medo.. sem angústia... sem dor... sem riscos

Lutei... me matei... renasci... e continuo a caminhar
Corri contra o tempo... quase em todo o momento
Toda hora... minuto... segundo...
Pequenos intervalos...
Que na verdade se baseiam em mim
Se lançam pelo ar... pela terra... pelo mundo
De fato... pela minha vida

Não me arrependo
Das esperanças em vão
Dos sofrimentos alheios e passageiros
Nos quais um ser humano normal passa
Uma fase... um instante... se possível bastante rápido
Despercebido...

Vejo minha vida comparada a um crepúsculo
Rapidamente muda... como se fosse automático
Mudanças acontecem... boas ou más..
Não deliro por nada...
Não me baseio em contos... crônicas... narrativas... histórias
Me baseio em viver cada pedaço que me resta
Cada sonho... desejo.. louvor
No meu mundo sou feliz... até então...

Mayara

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Realizar


Num sei
Num entendendo nada sobre a vida
Nada ..... e mais nada
Não sei o que me espera
Problemas aleios ... e ao meu redor...
O que me resta de verdade
É esperar...
Sem me mover
Sem me machucar... muito menos orar
Nada disso trará a minha a felicidade maior
Mas é a solução
Quem poderá me ajudar??
Só eu mesma..
Mais ninguém


Mayara

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sim...

Sei que conseguirei
Aquilo que necessito
O que basta... o que me completa
Não me faltará nada...
Nem água e nem pão
Não preciso saber de mim... preciso saber em volta
É o que me faz.... ser eu... ser o mundo
Me alivia a alma e fluir de batidas leves... como as do meu coração
Sei que sou capaz... de tudo... por mim... pelo meu amor
Até pela vida se valer a pena
Acredito fielmente naqueles que confio
Aceito críticas... podem ser válidas
Podem ser justas até... não importa
Concluo que vale viver... de graça... ilimitado... sem dever nada a ninguém
É saudável .... e como é.....
Seja como bem quiser

Mayara

Vivo...


Eu podia estar sozinha fisicamente
Ninguém próximo o suficiente
Tinha medo da solidão
Tinha medo da infelicidade
Tinha medo de não ser amada a altura
Me abatia o coração ao saber da distância que nos separara
A fim de nos deixar distantes materialmente
Acreditava que algum dia
Não próximo... mas existente
Poderia lhe reencontrar
Te abraçar... te olhar... ver que era você a minha frente
Pensar que um dia poderei ter você
Ter a prova da sua existência
Sem ninguém precisar me contar... me alertar... insistir
Na verdade... posso pensar que é ilusão
Que você nunca mais aparecerá na minha frente...
Que seu rosto sumirá aos meus nítidos olhos..
Se passando por miragem... Nada disso era real
Mas de uma coisa... singela e plena estou certa
Você está vivo... sei que está
E sei que jamais esquecerá de mim
Enquanto viver..
Enquanto o destino permitir..


Mayara

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Need.....

Meu mundo era dele. O mundo dele era meu. Envolvida por seu amor arrebatador... na mais me importava nessa vida. O mais importante era a vivência dele. Ele existia. Eu estava nas nuvens.. no céu... no infinito. Não dava mais para pensar em coisas distintas. Tão distintas que não tinham mais graça para mim, muito menos para ele. Me faziam voltar ao mundo real... das desgraças aleias... dos sofrimentos contínuos e de um lugar nada perfeito. Era incoerente pensar nisso quando se tinha a paz ao lado... tão próximo que era como se fosse eterno. Pelo menos em minha mente, em meu sentir era assim. De fato... aquele momento único iria acabar. Mas não para sempre... pelo menos por um curto tempo. Não queria que acabasse... mas era necessário. Necessário principalmente para evoluir. Era importante... tanto para o nosso.... quanto para os outros amores existentes pelo planeta. Só não poderia esquecer de algo: ele era meu... e eu era sua. Isso ninguém poderia discutir, ou contrariar. Só bastava estarmos juntos.... eternamente juntos.

Mayara

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Contrariar...

Não sei mais o que fazer
O mundo em volta não é mais o mesmo
Não sei por onde começar
Minha cabeça está confusa..
Pensar está cada vez mais distante do meu ser
Faço sem refletir
Quando dou por mim
Já fiz
Pelo lado bom
Ou pelo lado ruim
Nada mais poderá ser feito
Estou num abismo
Sem volta
Sem como contornar
Minha vida está por um fio
Não sei se conseguirei retornar disso

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O ser...

Nada mais oculto do ser alguém
Ser único pelo olho nu na cada um de nós
Mas basta um sentido... algo que o arrebate
Copiar do mundo em volta
Copiar em si algo que já é pertencente a um alguém
Um ser desconhecido
Sem nexo e identidade
Por fora é inexistente e vagarosamente invisível
Mas basta um toque ou um olhar
Sai de nós no mesmo instante
Se mostrando algo inexplicável... mas nosso próprio eu
Possuído pela ganância
Pela luxúria
Pela Ira
Pela Inveja
Pelo ódio
Pelos pecados.... aleios ..... normal ao ser humano
Movida por legiões
E escondida
Meu medo é viver sem buscar
Sem agir
Sem coragem
Meu mundo é oco
Só eu posso entender


domingo, 24 de outubro de 2010

Longe..

Meu mundo era seu
Único e singelo
Passava em minha mente sonhos
Lembranças não vividas
Mas plenamente lindas e sutis
Eu vivia longe
Ele vivia longe
Não justaposto a mim
Mas sim pelo sentimento
Nada me importava
Sua voz
Seu jeito
Seu sorriso
Sua presença
Me sentia leve
Era o que eu enxergava
Nada mais existia
Somente você


Caminho..

Só nós para o trilhar
Fazer a diferença para não ser abatido
Largar coisa aleias e pensar no que virá
Nada mais o aflinge, passando o tempo lento como é
Almas ficam perdidas em seu caminhar
Passam despercebidas, pois são sem sentido
Nos mostraram o caráter sutil da maldade
Para perceber que somos fortes
Não me obscuro ao que se passou
A quem me levou
Não importa os acontecimentos inadequados
Sem nexo, sem semântica
Levo comigo o que valerá a pena depois
Sinto o que levo no coração e na alma
O amor de alguém que me arrebate
Me leva para a felicidade
É nisso que levarei ao pensamento
Ao coração e a alma

Joss Stone

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Exaustão..

A vida passa lá fora.
Passa rapidamente.
O tempo se transforma num inimigo.
Impaciente, ultrapassa sem ao menos perceber.
Não espera e não para.
Simplesmente vai.
Não dá instantes ao relógio.
Paramos para um certo objetivo.
Até mesmo nos entregamos a ele.
Mas a sociedade nos coloca contra a parede, com suas regras e metas.
Nada a subestime.
Vivo Traçando caminhos, mesmo arriscando a saúde
Mesmo arriscando a vida
Sigo em frente
Mesmo sozinha
Sei que consigo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pensamentos....


Não penso no correto, mas penso no possível. Vale ao incerto ou não se sabe o que é certo. Jamais pensarei no ideal ou no generalizado... na verdade não deveria existir... ops... isso eu generalizei. Não precisa existir o correto, mas pelo menos cabe a ideia do possível certo. Optar as vezes será a coisa certa, ou suas mágoas influenciaram os arrependimentos. Não se deve simplesmente arriscar, mas saber a hora certa de arriscar. Pensar no futuro é uma tática. Só não sei dizer se é boa. Basta arriscar de sua forma... com jeitos... manias e afins. Não reflita demais. O tempo passa rapidamente e poderá ser tarde. Tarde para acertos, justificativas e tristezas. Não se abale ao que dizem.... ao que afirmam... Você é dono do seu eu. Não oculte ou não indetermine. Faz parte do ser vivo, do ser humano, da sociedade.

Mayara

Creio...

Não dá pra entender o ser
Não dá pra explicar o que é ser
Se vejo o certo, penso o errado
Se acho errado, talvez possa ser errado
Nada me subestime ao entender
Mas não somente ao crer
Vale ressaltar as ideias
Ou mesmo dizendo os ideais
Não quero saber de teoria
O que me importa é prática
O que serve é a prova
Não me perco no desentendimento
Passo a crer... No que bem me cai

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Meu mundo

Meu mundo é único
Simples e sutil
Não basta eu querer
Simplesmente fazer

Meu mundo é belo
Limpo e claro
Tudo natural
Nada igual

Meu mundo é culto
Faço de acordo ao certo
Erro de acordo ao errado
Concerto aos poucos
Errando.. posso aprender

Meu mundo é Singelo
Não me mostro
Mas sou presente
Não limito meu tempo
Mas faço o que posso

Meu mundo é feliz
Contudo... tem dificuldades
Mas é normal.. é fato
Quem que não quer ser feliz?

Vazio..


Sem nada. Nenhum grão de existência ao redor. Não basta o silêncio em volta de mim... que arrebata minhas esperanças de vida... pois a única coisa que me resta é o sofrimento. As pessoas.. os objetos... os acessórios... as fotos... as lembranças vividas numa época sutil e tranquila de minha passagem pelo mundo natural se foram. Só me restou a solidão... num contexto geral.. nada. Nada mais que o nada.

Mayara....

Sei lá...

Não sei o que dizer. Muito menos o que pensar. Minha vida passa devagar. Preciso correr. Sem sentido ou sem direção, Quero mais é viver. Sem redondezas ou desvios, sigo meu caminho. Achar o lugar e o momento certo me parece bem difícil. Não me preocupo com o pensamento aleio, muito menos os motivos, só quero pensar em mim. Nada do que me disser irá me abalar, possuo confiança dentre meu ser. Acreditar em si não dói. Mas levanta e ergue o eu que existe. Não faz presença, mas se presencia em si. Não se sabe o surgimento, mas também não some. Trate de viver.

Voar

Pelos céus
Pela terra
Pelo mar
Pela vida
Nada mais importa
Quando a felicidade bate em sua porta
Sei do que preciso
Enfim busco
Nada passa de graça
Nada passa garantido
Tudo tem limite
Mas ser feliz
Pode ser ilimitado
Basta querer

domingo, 17 de outubro de 2010

Fácil

Mostro meu rosto
Faço o que digo
Sem medo de errar
Sem intriga com o mundo
Me bajulo ao extremo
Corro por mim mesma
Não levanto a cabeça
Para me humilhar
Bastei
Não quero seguir regras
Não mais ao idealizado
Sei quem sou
Mostro meu lugar
Ouvi as pressas
Sem atenção
Com algo oculto
Sem razão
Não me baseio assim
Não quero mais assim
O que é certo poderá virar errado
Isso já é um fato

Ser e estar...

É intriga
Sem motivo
Um ser vivo
Sem viver
Não há razão
No mundo habitado
Sem destino, sem sentido
Viver por viver
Não é claro
Ouvir sem refletir
Pensar sem idealizar
Mostrar sem provar
Não restam palavras
Não restam razões
Viva continuamente
Para ter o seu lugar

Motivo...

Criei meu mundo
Sou meu eu
Singelo e bruto
E completamente único
Me faz... me manipula
Não mais ajuda
Existe.. de forma concreta
Faz de mim meu ser
Me inclui em razão
Me possui do saber
Não quero ser inteligente
Não quero ser Einstein
Não me movimento pelos os que sabem
Me sigo... sem saber

Passaggio de Vita

Um lugar
Um céu
Uma viagem
Nos faz flutuar
Na mente
No sonhar
Sem compromisso
Sem críticas
Mais gestos
Sempre singelos
Um olhar
Com mil palavras
Um com destino
Nos faz viver
Amar
E acreditar
No inexistente
No desejar
Durante a vida
Durante a eternidade

sábado, 16 de outubro de 2010

If.../ Se...

If a picture paints a thousand words,
Then why can't I paint you?
The words will never show the you I've come to know.
If a face could launch a thousand ships,
Then where am I to go?
There's no one home but you,
You're all that's left me too.
And when my love for life is running dry,
You come and pour yourself on me.

If a man could be two places at one time,
I'd be with you.
Tomorrow and today, beside you all the way.
If the world should stop revolving spinning slowly down to die,
I'd spend the end with you.
And when the world was through,
Then one by one the stars would all go out,
Then you and I would simply fly away


Tradução:
Se um quadro vale por mil palavras
Então, por que não poderia pintar você?
As palavras jamais mostrarão o que você veio pra saber.
Se uma pessoa pode lançar mil navios
Então, onde eu estou indo?
Não há ninguém mais em casa, exceto você,
Você é tudo que resta para mim também.
E quando o meu amor pela vida está se apagando
Você vem e se deita sobre mim

Se uma homem pudesse estar em dois lugares ao mesmo tempo,
Eu estaria com você,
Hoje e amanhã ao seu lado de todas as formas.
E se o mundo fosse parar de girar girando lentamente até morrer
Eu ficaria no final com você
E quando o mundo acabar
Aí uma por uma, as estrelas apagariam
E nós simplesmente voaríamos para longe.

A arte de viver

Grite
Pule
Empurre
Sorria
Permita
Aconselhe
Se jogue
Sensibilize
Abrace
Ame...

Conto IV

Estava sozinha. Não tinha mais ninguém. Sai de casa somente com a roupa do corpo. Era muito jovem, mas minha mente era velha. Mais velha que uma de 30 anos. Não era burra, mas não inteligente o bastante. Outros da minha idade brincariam pela rua... fariam bonecos e carrinhos de madeira; não tive a mesma sorte.

Meu pai era meu herói. Se não fosse por ele eu não tinha aguentado tanto tempo. Ele me ensinava como era a vida. Eu sempre acreditei e hoje sinto isso na pele. Não bastava uma palavra ou um gesto... ele esteve sempre certo. Após sua morte, eu morri para a vida. Sem ele não era nada. Minha mãe, 15 anos mais jovem do que ele, não tinha experiências como meu pai tinha. Tantos filhos, mas não tinha a coordenação para tantos afazeres domésticos. Mesmo sendo uma das mais jovens filhas, dentre 10 irmãos, me senti obrigada a sair de casa para que minha mãe não tivesse tanto trabalho.

Andei durante horas abaixo de um calor de 39 ºC. Me alimentava dos frutos das árvores. Bebia a água suja do chão. Já não me importava, só queria chegar. Estava cansada... mais ainda tinha forças para continuar. Chegando a cidade onde minha tia se encontrava, um idoso por volta dos seus 70 anos me avistou e me ofereceu uma carona. Por coincidência, ele trabalhava na fazenda de minha tia e que me conhecia. Eu não o reconhecia pois segundo ele a última vez que me viu foi a 5 anos atrás. Me disse que era para eu ter cuidado naquela fazenda, mas não me explicou o por que disso. Afinal, estava com um parente, não com um desconhecido.

Chegando na fazenda, avistei de cara as crianças que brincavam no portão central da casa. Eram alegres e de aparência saudável. Não me impressionava pois pelo menos não eram sofridas. Minha tia se encontrava na cozinha. Era uma mulher atingindo seus 45 anos, mas de aparência debilitada. Me passava seriedade, e muito sofrimento ao longo de sua vida. Se eu pudesse.. a ajudaria. Enfim, achava ter chegado em boa hora.

Mero engano meu. Ela me odiava completamente. De instante me colocou para trabalhar. Eu era uma escrava nas mãos dela. Me trancou no quarto após o serviço sem bebida, muito menos comida. Fui dormir com a mesma roupa da longa viagem. Não tive direito de ao menos um único banho. Eu enfim entendi o que o idoso quis dizer. Esse ciclo durou longos 3 anos. Já não era mais a Celeste de antes. Cheguei a um certo ponto que eu deveria tomar uma atitude. Com isso só precisava tomar coragem, o que não era difícil para mim.

Estava na cozinha preparando o jantar. Minha tia aparece com um chicote e começa a me bater. Não aguentei as sequências de chicotadas, e cai. Nisso, ela manda seus "capangas" me amarrarem numa árvore para facilitar a surra que me esperava. Sua desculpa para tanta violência foi que eu não estava trabalhando direito. Não tinha perfeição e as verduras e legumes não estavam limpos adequadamente. Deixei me bater. Com isso passei a noite ali... amarrada numa árvore coberta de sangue. Mas isso fazia com que eu me alimentasse de ódio. Ao amanhecer, o idoso que me alertou ao chegar na fazendo me encontrou. Me desamarrou, me deu banho e cuidou dos meus machucados. Depois de deixar eu descansar, mandou eu fugir. Mas eu precisava me vingar. Precisava fazer com que toda aquela maldade acabasse. Precisava mudar isso.

Minha teimosia me dominou. Percebi que todos dormiam. Essa era minha única oportunidade. Minha tia dormia, e seus filhos também. Fui direto na cozinha e peguei o mesmo chicote no qual ela me deu a surra. Voltei ao seu quarto e a puxei pelos cabelos. Comecei a dar a mesma surra. Da mesma forma. Ela corria e eu corajosamente corria atrás dela e batendo ao mesmo tempo. Ela poderia ser baixa, mas meu ódio era maior. Eu tinha uma força que jamais imaginei que tivesse. Amarrei-a no sofá e disse:" você nunca irá se esquecer desse dia. Agora quem está pagando é você, e da mesma moeda". Peguei um de seus cavalos e fugi. Depois desse dia não a vi mais. Foi um alívio para mim. Agradeço todos os dias de minha vida por aquele idoso ter entrado em meu caminho.

Cheguei numa praia. Continha algumas canoas e um navio. Perguntei a um moço que estava perto para onde aquele navio iria. Com sua resposta, aquele navio ia para uma cidade perto de onde minha mãe morava. Isso já era o bastante. Depois de três longos anos sofrendo, iria estar ao lado de minha mãe novamente. Meu coração se enchia de esperança. Entrei dentro de uma caixa que estava sendo carregada para o navio. Como eu era muita magra consegui caber direito na caixa. Passei algumas horas ali. Corri pela praia da cidade quando o navio chegou. Cheguei enfim a uma praça. Não me era estranha, mas sabia que estava no lugar certo. Em um dos bancos sentei-me ao lado de uma senhora. Ela estava triste e doente. Perguntei a ela o por que de tanta tristeza. Me disse que perdeu sua filha. Ela saiu de casa para ajudá-la e faria qualquer coisa para tê-la em seus braços novamente.

Após isso perguntei-lhe seu nome. Era o mesmo que minha mãe. Perguntei o nome de sua filha e ela disse o meu nome. Minha mãe não tinha me reconhecido, mas deixou no meu colo e chorou. Eu estava de volta.

Mayara

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sei...

Sei de muitas coisas
Sei do básico
Do necessário
Sei quem sou
Acredito na verdade
Sei quem está em volta
Sei do que sei
Sinto que posso saber mais
Imagino até como seria
Mas posso me aperfeiçoar
Sei e sei..

Flutue

Não espere mais
Não viaje aos pensamentos sem sonhar
Não dê um baste a vida
Não faça terminar
Não diga não ao desejar
Não veja seus erros como acertos
Nem seus acertos como erros
Não se desespere com o que ocorre
Não se debilite ao sinônimo de alegria
Seja feliz
É o que basta

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conto III

Eu tinha um perfil simples. Humilde e singelo. Gostava de ser discreta. Passar seriedade... eu sabia. Não tive problemas aleios com o meu jeito de ser. Se eu agradava ou não... não me importava. Isso não influenciava na minha vida. Não me dava condições melhores. Muito menos pagava minhas contas e impostos. Não dava a mínima. Eu só queria seguir minha vida tranquilamente, sem dever ninguém. Sem compromisso algum. Eu estava bem sozinha. Me entendia, compreendia. Não precisava de ninguém [até um certo ponto eu achava isso].

Conheci uma pessoa. Inteligente, culta, e interessante. O problema de tudo veio a tona quando eu soube que ele era diferente de mim socialmente. Eu sentia que meu destino se completava com o dele. Mas isso era quase impossível. Sua família vinha da alta sociedade e eu era uma simples doméstica. Não ganhava muito e ele... bom... ele tinha de sobra.

Apesar de tudo isso, eu estava gostando dele. De uma forma sutil e diferente. Não sabia o por que disso. Mas era bom.. e como era. No começo deste conto, relatei que me sentia conformada com a vida que levava até então. Que não precisava de ninguém, muito menos de um homem. Mas agora vejo que estava completamente enganada. Eu forçava em não acreditar no que estava acontecendo comigo, mas meu coração aclamava por algo a mais. Não sabia o que era exatamente se apaixonar, sentir o coração a mil, soar frio e sentir minhas pernas trêmulas por alguém. Isso, na verdade, era indescritível. A partir do momento em que sente.. nada mais lhe importa. Nada mais é visto. Só queria estar do lado dele. Era o homem da minha vida de fato. Eu estava convicta disso.

Depois de um certo tempo, começamos a namorar. Ele sempre muito cavalheiro comigo, elegante, e lindo. Eu, em tese, me sentia um lixo ao seu lado. Eu era pobre.... não tinha nada, muito menos para dar-lhe em troca. Mas sabia que tudo o que ele fazia por mim, tinha sentimento, amor e paixão. Eu era única... ele me valorizava.

Isso até um certo ponto foi se modificando. Ele não atendia mais meus telefonemas, não me retornava, e quando me encontrava, o clima já não soava como antes. Eu não entendia essas atitudes, pensava que tinha algo de errado comigo. Mas... não. Seus parentes eram da alta sociedade. Tinham poder e sangue "azul". Eu definitivamente não era nada. Como pedido de desculpas, ele me chamou para um jantar em sua mansão. Mas... eu não tinha uma vestimenta para essa ocasião. Muito menos capital para isso. Nisso ele me deu de presente um vestido. Era negro e singelamente enfeitado em desenhos discretos na cor prata. Devia ter sido caro.. mas não queria cometer essa desfeita com ele. Percebi que queria minha presença nesse jantar.. que eu tinha que ser valorizada.

Ao chegar lá.. tive uma visão completamente diferente do que imaginava ao longo do caminho até a mansão. As pessoas me olhavam estranho, como se estivessem me examinando. Não me sentia confortável com aquela situação, mas estava de cabeça erguida. Assim que o jantar foi oficialmente foi anunciada, ele me levou a mesa. Cavalheiro como sempre, me acompanhou e arrastou minha cadeira para eu me sentir bem. De longe avistei uma mulher por volta dos seus 80 anos me examinando assim como os outros convidados fizeram logo que cheguei. Me olhava como se estivesse desgostando de minha presença. De fato era isso. Mas continuava ali corajosamente a sua frente.

Nisso ela me perguntou a minha origem familiar. Respondi que eu era doméstica, minha mãe estava debilitada e cuidava de cinco irmãos menores. Depois de minha resposta seu olhar piorou e nisso perguntou se de fato eu possuía alguma herança. Respondi que não, mas tinha meus princípios e principalmente meus valores. Nisso me ofendeu. De uma forma sutil, retribuiu minha resposta dizendo que eu não era feita para sua família, que não possuía sangue "azul" e que não era digna de seu porte. Contudo, me retirei da sala, e voltei para minha casa. Eu esperava uma reação dele, mas ficou calado só escutando. Me senti humilhada, mas me valorizava. Não tinha o que esconder. Não menti. Me sinto bem por isso.

Depois daquela noite nunca mais o vi. Espero que ele tenha encontrado alguém a altura. Eu continuava a seguir minha simples e humilde vida. Era pobre, mas feliz.

Mayara

Beyoncé.. Ave Maria

Ave Maria

She was lost
In so many different ways
Out in the darkness with no guide
I know the cost of a losing hand
But for the grace of God, oh, I

I found Heaven on Earth
You are my last, my first
And then I hear this voice inside
Ave Maria

I've been alone
When I'm surrounded by friends
How could the silence be so loud
But I still go home
Knowing that I've got you
There's only us when lights go down

You are my Heaven on Earth
You are my hunger, my thirst
I always hear this voice inside
Saying Ave Maria

Sometimes love can come and pass you by
While you're busy making plans
Suddenly hit you and then you realize
It's out of your hands
Baby you've got to understand

You are my Heaven on Earth
You are my last, my first
And then I hear this voice inside
Ave Maria
Ave Maria
Ave Maria

Ela..

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

"...estou procurando, estou procurando. Estou tentando me entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."

(Clarice Lispector)

Por que?

Por que se lamentar do que é incoerente sendo que já passou; não existe mais?
Por que viver intensamente pela depressão?
Por que existe a incapacidade?
Por que a paz mundial é utópico?
Por que não vivemos da forma que gostaríamos de viver?
Por que ser feliz tem preço?

Conto II

Estava entre os últimos. Não tinha forças para mais nada. Não sentia meu corpo, meus braços, minhas mãos, minhas pernas e meus pés. Não conseguia raciocinar como antes, pois nada fazia sentido para mim. Avistava, no que eu podia, pessoas em volta de mim. Um pouco distantes mas por que eu realmente não conseguia levantar minha cabeça para ter uma visão mais ampla do que estava acontecendo. Só sei dizer que a sensação era a pior de todas. Imóvel, sem reflexo para nada, a não ser para o teto, e para a lâmpada. Mais nada.

Depois de um certo tempo, eu queria sair dali. Já não aguentava mais ficar parado sem se mover. E principalmente estava aflito pois não sabia o por que da imobilidade e de não sentir nada. O médico chegou ao meu quarto e perguntei o que acontecia comigo. Ele simplesmente levantou minha cabeça de acordo com a cama. Me perguntou se estava melhor, e que tudo ia ser resolvido. Mas não era isso o que eu queria saber. Pelo menos enxergava coisas a mais. A partir disso comecei a observar ao meu redor. A enfermeira indo ao meu encontro para ver como eu me sentia. Se sentia alguma dor ou algo do tipo. Pessoas passando pelo corredor me olhando como se eu fosse algum anormal [pra dizer a verdade, alguém que não conseguia se levantar... é... acreditava neles.... voltando ao conto.!]

Mas alguém sentada sozinha, perto de minha janela, agachada e singelamente triste achou minha atenção. Maravilhosamente linda e única para mim. Por ela sentia algo diferente, mas percebi que estava faltando algo a ela que não conseguia desvendar o que era. Por causa dela, esqueci que estava paralisado, sem movimentos. Na verdade, era o de menos para mim naquele instante. Só queria realmente trocar palavras com ela, e saber o que acontecia que a deixava tão debilitada. No que eu pudesse a ajudaria.

Depois de tanto admirá-lá, ela me viu. Nisso um sorriso maravilhoso, plenamente lindo e singelo surgiu em seu rosto. Lágrimas começaram a correr por sua bela face, indo de encontro ao pescoço e consequentemente atingindo seus longos cabelos negros. Seus olhos, verdes vivos, brilhavam para mim. Eu estava realizado. Ela entrou em meu quarto e me abraçou como se já me conhecesse. Disse a mim que estava agradecida a Deus que eu consegui acordar. Que com ela tudo iria ficar bem. Eu estava seguro ao lado dela.

Mas gostaria de conhecê-la melhor. Perguntei seu nome, e de imediato o sorriso desapareceu de seu belo rosto. Ela começou a chorar... por minha causa. Não queria magoá-la por não lembrar dela... [talvez caso eu já a conhecesse.... melhor ainda]. Mas eu a queria, e muito. Era minha dádiva. O médico entrou no quarto e ela perguntou por que que eu não lembrava dela. Mesmo que não recordasse daquele rosto, era lindo. Eu estava apaixonado. Loucura.. talvez.. Mas por um instante ficava nítido que eu jamais andaria novamente. Ninguém precisava me falar ou explicar de forma complexa, eu já tinha entendido tudo.

Pedi para a moça me olhar e disse:"Eu posso não me recordar de você... mas assim que a vi... me apaixonei. Quero ficar com você. Espero que me entenda. Espero que me ame, como eu te amo desde o momento que te vi." Ela sorriu novamente daquela forma e disse que já somos casados... temos filhos. Formei de fato uma família com a mulher da minha vida. Eu só queria saber disso. Eu sabia que ela me ajudaria e me daria forças para me recuperar dessa paralisia. Mas de certa forma eu seria eternamente feliz.

Mayara

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Conto I

Caminhava solenemente. Sem rumo e muito menos sem direção. Passava por lugares onde jamais imaginaria passar. Flutuava entre os campos e me deslocava pela terra. Sentia o ar puro e sublime... o canto dos pássaros.. o som do que era de fato natural e único. Nunca pensava em estar diante de uma situação daquelas. Eu estava sendo eu mesma. Não pretendia sair dali. O principal lugar que me tornava uma pessoa feliz, alegre e amorosa. Mesmo que se fosse por um instante. Não tinha medo, tristeza, dor, muito menos rancor. Acredito eu que qualquer um gostaria de estar no meu lugar naquele momento. Era como um sonho. Era lindo. Incrivelmente lindo. Nesse instante, pessoas tão angelicais passavam ao meu lado. Não era mentira nem invenção minha, mas todas transmitiam uma paz que.. não consigo descrever. Só sei que minha vontade de permanecer naquele lugar falava mais alto... gritava e aclamava. Era tão colorido... possuído por cores frias e leves. Nenhuma cor quente me chamava a atenção... a não ser a cor das rosas e dos girassois que existia naquele lugar. O perfume.... nossa... sublime. Definitivamente não sabia o por que de minha presença lá. Era um lugar tão especial que ao mesmo tempo que me sentia bem e feliz ali, me sentia inferior. Não fui uma pessoa tão boa. Não consegui agradar a todos. Muitos menos a mim mesma. É engraçado por que.... não me recordo de como cheguei aqui. De como eu vim parar aqui. Mas não queria saber. Eu era valorizada. Única. E mesmo que não conhecia as pessoas que caminhavam ao meu redor, elas sorriam para mim. Me amavam. E assim eternamente quero me sentir.


Mayara..

Valores...

Ao que é certo
Ou simplesmente semântico
Ao errado e obscuro
Com um toque de certeza
E absolutismo
Confiável perante o ser humano
Seguido segundo uma crença
Ou somente por que deve seguir
E jamais desobedecer
Viável a quem acredita
E quem definitivamente busca
Como Sócrates aos "por quês" infinitos
Ou dizer que é verdade sem mesmo saber
Sem ter uma prova
Algo concreto
E indefinível
Ressalte o que pensa
O que critica
Criar os seus não machuca
Ou socialmente dizendo
Critica