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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Conto I

Caminhava solenemente. Sem rumo e muito menos sem direção. Passava por lugares onde jamais imaginaria passar. Flutuava entre os campos e me deslocava pela terra. Sentia o ar puro e sublime... o canto dos pássaros.. o som do que era de fato natural e único. Nunca pensava em estar diante de uma situação daquelas. Eu estava sendo eu mesma. Não pretendia sair dali. O principal lugar que me tornava uma pessoa feliz, alegre e amorosa. Mesmo que se fosse por um instante. Não tinha medo, tristeza, dor, muito menos rancor. Acredito eu que qualquer um gostaria de estar no meu lugar naquele momento. Era como um sonho. Era lindo. Incrivelmente lindo. Nesse instante, pessoas tão angelicais passavam ao meu lado. Não era mentira nem invenção minha, mas todas transmitiam uma paz que.. não consigo descrever. Só sei que minha vontade de permanecer naquele lugar falava mais alto... gritava e aclamava. Era tão colorido... possuído por cores frias e leves. Nenhuma cor quente me chamava a atenção... a não ser a cor das rosas e dos girassois que existia naquele lugar. O perfume.... nossa... sublime. Definitivamente não sabia o por que de minha presença lá. Era um lugar tão especial que ao mesmo tempo que me sentia bem e feliz ali, me sentia inferior. Não fui uma pessoa tão boa. Não consegui agradar a todos. Muitos menos a mim mesma. É engraçado por que.... não me recordo de como cheguei aqui. De como eu vim parar aqui. Mas não queria saber. Eu era valorizada. Única. E mesmo que não conhecia as pessoas que caminhavam ao meu redor, elas sorriam para mim. Me amavam. E assim eternamente quero me sentir.


Mayara..

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